O sonho da animação

Publicado em 28/10/14

 

Rafaella Milani Santos, aluna da 2H2, é uma jovem de 17 anos que sempre gostou de desenhar e até já produziu uma história em quadrinhos que caiu na rede social e foi curtida, comentada e compartilhada. Desde a infância, sonha produzir animações como as da Disney, de que é fã.

Entretanto, conforme conta Rafaella, fazer uma animação é tarefa bem mais complicada do que produzir histórias em quadrinhos e demanda muito mais do que o talento e o gosto de desenhar, como o que ela tem. Segundo a jovem, são necessárias técnicas específicas, além de equipamentos sofisticados para fotografar os quadros a fim de montar a sequência que resulta na animação final.

Sendo assim, ela resolveu procurar um curso de animação, não só porque queria aprender as técnicas, assim como lidar com os equipamentos, mas também para poder avaliar se seu sonho de infância era mesmo o que desejava desenvolver como profissão, e não apenas um sonho, um ideal distante.

De acordo com a Rafaella, no Brasil, os cursos de animação que existem não são profissionalizantes. Em geral, o público que procura esses cursos, especialmente em São Paulo, já tem formação acadêmica superior em Artes e afins, e o objetivo dessas pessoas não é buscar uma formação profissional na área de animação. No nosso país, o meio mais comum para se desenvolver a carreira em animação é pelo curso de Cinema ou Áudio Visual, que não são específicos.

Desse modo, como ela procurava orientar-se em relação a uma possível carreira profissional, em sua pesquisa sobre o melhor curso a fazer com esse objetivo, Rafaella chegou à School of Visual Arts (SVA), em Nova Iorque, que, segundo ela, é voltado para o público de sua mesma faixa etária e tem por objetivo orientar os alunos para o ingresso na universidade americana. Tanto que todas as palestras do curso eram voltadas para o desenvolvimento do portfólio que é requisito no processo de admissão aos cursos de arte nas universidades dos Estados Unidos.

Tendo feito sua opção, em julho deste ano, Rafaella frequentou o curso da SVA, com duração de três semanas em período integral, de segunda a sexta-feira. Dividido em três etapas, o curso tratou da História da Animação, depois os alunos trabalharam com ilustração e desenhos com modelos nus e, por fim, produziram uma animação tradicional. Inspirada num poema de Rimbaud, que leu pela primeira vez na rede social, Rafa desenvolveu sua animação como trabalho final do curso.

Após essa experiência, Rafaella afirma que consolidou seu desejo de desenvolver a carreira em animação, mas tem ideia de prestar para o curso de Cinema na FAAP ou de Áudio Visual na USP para isso, já que ela quer também cursar outra faculdade, como Letras ou Filosofia, com que tem afinidade, e nos Estados Unidos, segundo a jovem, não é viável fazer as duas graduações concomitantes. Depois, ela cogita fazer a pós-graduação no exterior, talvez na Universidade de Oxford, na Inglaterra, onde há, conforme ela conta, os melhores estúdios de animação atualmente, voltados para a formação profissional na área.

Confira aqui a animação final da Rafaella produzida no curso que ela frequentou na SVA.

Karla Somogyi

 

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