Competição: não gosto. Como lidar?

Publicado em 03/08/15

Competição. Sou só eu ou mais gente também sente um friozinho na barriga quando ouve esta palavra? Aprender a lidar com a competitividade. Que tarefa difícil, que desafio!

Eu nunca gostei muito de competições. Por exemplo, eu adoro jogar futebol…mas não gosto tanto de jogar futebol para competir, com aquele pensamento “fazer gol, fazer gol, fazer gol”. O que eu gosto mesmo é de simplesmente jogar, dar e tomar uns dribles, sem nem mesmo contar quanto está o placar. Sempre fui estudiosa, mas não com o objetivo ser melhor que os outros…eu estudava para ser uma boa aluna, “eu e eu mesma”. Porém, infelizmente, a vida não é assim. O vestibular é uma competição (e uma competição VORAZ), você goste disto ou não. São mais de 100, mais 200 alunos aplicando para apenas 1 vaga, isto é fato. Ou você “compra a briga” e encara o problema, ou você não tem como entrar numa faculdade. E, depois do vestibular, as competições não param: competir dentro da faculdade por uma vaga em extensões acadêmicas, competir por uma vaga de intercâmbio, competir para entrar na residência, competir no mundo profissional por uma vaga de trabalho, e por aí vai… É, infelizmente não tem como fugir da competitividade se vc não quiser ficar estagnado na vida.

Durante o processo seletivo pelo qual passei para vir para Harvard, tivemos que passar por 3 entrevistas “cegas” com pesquisadores americanos. Um dos entrevistadores me perguntou “Qual foi a sua maior dificuldade na faculdade?”. Eu pensei por alguns instantes e respondi “A competitividade…este é um ambiente altamente competitivo e eu não gosto muito de competições”. A segunda pergunta (e que me pegou ainda mais “de surpresa”) foi: “E como você superou esta dificuldade?”. Meu pensamento acelerou, voando, buscando uma resposta plausível e, ao mesmo tempo, sincera…mas não demorou muito e a resposta veio: “Eu fiz da competitividade a minha motivação”.

O mais legal de tudo isto é que, na verdade, eu já entrei na faculdade sabendo como lidar com isto…esta lição de “saber lidar com a competitividade” e “fazer dela uma motivação” foi algo que inconscientemente aprendi com o Band! Da 1a à 8a série eu estudei em um colégio construtivista – um método de ensino que tem diversas qualidades, mas de forma alguma incentiva a competitividade. Chegando no Band, encontrei classes divididas por notas, explanações das classificações de como foi seu desempenho nas provas em relação à turma e em relação ao restante do Colégio, nota do simulado “classificatória” para o curso de aprofundamento em medicina, etc… tudo isto, numa primeira vista, pode parecer para alguns ser um monstro assustador, um “terrorismo”, uma pressão desmedida da escola… mas eu sei e muito bem o quanto tudo isto foi IMPORTANTÍSSIMO para que eu aprendesse a lidar com essas questões da vida.

A vida É competitiva. Ponto. Você pode até decidir não entrar pra competição, mas também não ganhará nenhum “prêmio”. Você pode escolher não correr uma maratona, mas também não pode querer ter a chance de subir no pódio. Eu só consigo ver isto hoje, olhando para trás. No momento em que eu estava passando por toda pressão no Colégio, eu não tinha consciência do quanto isto estava me moldando e me ensinando a ser mais forte, a ser mais resiliente, a encarar melhor o “baque” da competição que existe de maneira tão “dura” na vida real. Nem sempre – aliás, na maioria das vezes – você não vence a competição. E não necessariamente precisa vencer. O mais importante nem sempre é o resultado e – sim – o processo. O quanto você aprende durante a trajetória é, em geral, até mais importante que o resultado em si.

E é por isto que escrevo este post. Imagino que, assim como eu, muitos alunos tenham a sensação de que essa questão do Band de estimular a competitividade seja mais uma fonte de pressão. Sim, de fato, é mais uma fonte de pressão. Mas ela não é desnecessária. É uma pressão que tem todo potencial para ser produtiva no seu aprendizado de vida. Tome isto como uma motivação, não como um motivo de desânimo.

Responder àquelas perguntas do entrevistador no “susto” não foi fácil…eu dei uma “gelada”, meu coração bateu mais forte e meus pensamentos viraram um turbilhão. Eu ainda sou a mesma…ainda não gosto de competição e de pressão, e esta continua sendo uma dificuldade para mim, com a qual eu tenho que lutar a cada dia. Mas eu APRENDI a lidar com isto, o que é mais importante.

O Band oferece todos os dias uma nova oportunidade pra você aprender a lidar com a competição de uma forma produtiva. Encare o desafio. Vale a pena!

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