Magno vence Band na final de basquete

Publicado em 04/09/11

Por Fabíola Kim

Tensão é a palavra. A final de basquete na categoria pré-mirim masculino foi disputada entre os colégios Bandeirantes e Magno, duas escolas que já se conheciam, com tradição de disputas acirradas. Mas o resultado era meio imprevisível – não era a primeira vez na modalidade, mas sim na categoria. Desde o aquecimento a rivalidade amigável (é bom deixar claro desde já!) era visível e audível: os jogadores percorriam o ginásio com um grande estrondo, experimentando lances, acostumando-se ao ambiente, às distâncias, à altura da cesta, etc. O Bandeirantes mostrou maior dinamização desde o começo, talvez porque não sentiam estranheza pelo ginásio, onde depositaram seu suor por muitas manhãs de treino. Mas a familiaridade nunca foi o maior fator para garantir a vitória, como bem se sabe pela história do esporte. Ao lado da técnica, da dedicação e do entusiasmo, a sorte se aponta também como um dos fatores que levam um time à vitória.

A alguns minuto do início do jogo, o treinador do Magno, Marco Antônio, ou “Marquinho”, segundo suas próprias palavras, foi entrevistado para dizer quais eram as suas expectativas para essa final. Ele afirmou que seria um jogo difícil, “brigado”, daqueles que o clichê “que vença o melhor” cabe perfeitamente. Quanto à rivalidade entre as duas escolas, Marco não negou que existia, mas fez uma ressalva dizendo que era uma rivalidade sadia; os professores de ambas escolas eram amigos, e o colégio Magno sempre participava dos torneios do Interband, assim como o Bandeirantes vinha jogar no colégio Magno.

Como todo bom treinador, Marco sempre mantinha um olho nos jogadores durante a entrevista, e perguntando-lhe quanto à ansiedade diante do jogo, ele disse que os seus jogadores estavam bastante ansiosos, ao passo que ele próprio estava mais tranquilo por atuar nesse ramo já há bastante tempo.

O jogo iniciou-se bem disputado desde o primeiro minuto, deixando clara a tensão da final. A perspectiva de sua escola ser o primeiro lugar instigava os jogadores, e também a arquibancada- gritos de torcida e de sugestão de técnica mesclavam-se com as pisadas estrondosas e com o silvado do apito. Nos primeiros dois minutos do jogo o Magno já saiu com vantagem de 4 pontos. O ataque era bastante forte e, várias vezes, penetrava a defesa da equipe da casa. Houve muitos momentos aflitivos dentro do “garrafão”, onde os jogadores tentavam arremessar a bola várias vezes, e ela, quase como se tentasse a paciência das equipes, percorria toda a circunferência da cesta para bater num canto dela e voltar ao chão. Durante todo o primeiro tempo, o colégio Magno foi aumentando o abismo de pontos e, conforme essa diferença aumentava cada vez mais a seu favor, a equipe foi se animando e, em vez de sentir cansaço, passaram a jogar com mais confiança e destreza. A equipe do Bandeirantes, apesar de sentir pressão para marcar pontos e tentar virar o jogo, não facilitou em nenhum momento para que o time adversário pontuasse. No entanto, o primeiro tempo encerrou com o placar de 20 a 2 para Magno.

No segundo tempo, a torcida do colégio Bandeirantes tentou animar os jogadores; o técnico experimentou colocar outras pessoas no time, mas o Magno estava a todo vapor. Terá sido o efeito da torcida? Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, o Bandeirantes fez cestas seguidas, deixando a arquibancada eufórica. Mas o colégio Magno estava determinado a vencer essa disputa: encerrou o jogo com um placar de 39 a 8.

Durante a premiação, uma comprovação do velho ditado “tamanho       não é documento”; apesar de que no basquete, uma altura acima da       média seja favorável na maioria dos casos, o colégio Magno provou       nesse domingo que isso nem sempre é verdade: o capitão do time           era possivelmente o mais baixo entre os meninos, e ao final da                 partida, foi homenageado como jogador de destaque do Interband.

Terminou assim a final de basquete; muita corrida, muitos arremessos, pequenas “trombadas”, mãos amigas erguendo-se uns aos outros. Talvez esta seja a beleza do basquete: uma disputa acirrada do começo ao fim, que exige que o participante, seja ele jogador ou espectador ou ainda repórter, esteja atento sempre. Independentemente do resultado, um bom jogo é assim: vale a pena só por ter ocorrido. O técnico do Bandeirantes, Julio, elogiou o time dizendo que ele havia evoluído bastante durante o ano de 2011. Não deixando de lado o espírito esportivo, Julio ainda afirmou que o esporte ensina a vitória e a perda, e que o progresso de cada jogador depende de como ele lida com isso.

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