O Palhaço e o guerreiro gentil

Publicado em 15/08/11

Com o início do segundo semestre, a contagem regressiva para o vestibular aumenta a expectativa e o nervosismo dos alunos que almejam uma vaga no disputado curso de Medicina. Para manter a energia em alta nessa reta final, os alunos da turma de Aprofundamento para o Vestibular de Medicina receberam dois convidados inspiradores na última quarta-feira, 10 de agosto. Ângelo Brandini, coordenador de criações artísticas da ONG Doutores da Alegria, trouxe a leveza do “palhaço assumido” para os estudantes, enquanto o mestre José Roberto Bueno transmitiu aos alunos alguns dos princípios de equilíbrio e harmonia do Aikido.

Reunidos na Biblioteca do Band, os alunos dividiram as angústias e medos em relação aos difíceis processos seletivos que enfrentarão no final do ano. Partindo desse ponto, começaram a descobrir novas maneiras de encarar e superar as dificuldades. Brandini pontuou “o palhaço é especialista em transformar obstáculos em recursos”. Em sua fala e nas divertidas brincadeiras com o grupo, o “besterologista” (como são conhecidos os Doutores da Alegria) enfatizou a importância da criatividade e do improviso para que os problemas sejam resolvidos de maneira simples e tranquila. Usando a experiência bem sucedida dos Doutores da Alegria, mostrou que, muitas vezes, é preciso ter coragem de se desprender da lógica e ousar o ridículo para não perder de vista o fascínio da vida da criatividade e do improviso para que os problemas sejam resolvidos de maneira simples e tranquila. Usando a experiência bem sucedida dos Doutores da Alegria, mostrou que, muitas vezes, é preciso ter coragem de se desprender da lógica e ousar o ridículo para não perder de vista o fascínio da vida.
Coragem, bravura. O espírito guerreiro foi colocado de um novo ponto de vista por José Roberto Bueno. Ao falar da filosofia e das técnicas da arte marcial japonesa Aikido, o faixa preta convidou os alunos a promoverem revoluções dando atenção a coisas que parecem banais, como a forma de andar e olhar o mundo. “Ao tentar fazer uma coisa simples de uma forma inusitada, você dá um presente às pessoas ao seu redor. É sempre um ato de bravura”, pontuou Bueno. O grupo pode entender, dentro do contexto das artes marciais, a importância da flexibilidade, do equilíbrio e da necessidade de enxergar a multiplicidade de cada situação vivida no cotidiano.
Já mais relaxados, os alunos voltaram a trocar ideias e, a convite do coordenador do Departamento Cultural, Emerson Pereira, repensaram a questão do vestibular. As palavras negativas como “nervosismo” e “desespero” foram substituídas por “oportunidade” e “satisfação”. Fabrício Gallego Tsuynaka, da 3B2, afirmou “eu realmente me identifiquei com o que foi dito. E foram tantas coisas boas e inspiradoras que ainda vou levar um tempo para assimilar tudo”. A pureza do palhaço e a disciplina do guerreiro dificilmente serão esquecidas pelas pessoas que participaram desse encontro. E essas novas posturas não valem apenas para o vestibular, mas para toda a vida.
O Professor José Ricardo de Almeida, Coordenador da Cadeira de Química do Bandeirantes e do Grupo de Aprofundamento, encerrou a atividade reforçando uma das lições mais valiosas para os alunos. “Acho que uma coisa muito importante é não ficar ‘pra baixo’ por mais de 10 minutos. Todos nós sabemos a dificuldade que vocês estão enfrentando, e as reclamações são válidas. Mas o guerreiro precisa ter força para se levantar rápido e seguir”, disse o professor, dando aos alunos inspiração para mais um semestre.

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