A última vez

Publicado em 02/09/10

Foram quatro. Nos anos de 2007, 2008, 2009 e, o último de todos, de 2010.

Refiro-me aos títulos de Interband, torneio inter-escolar realizado pelo colégio Bandeirantes todos os anos, que eu tive a oportunidade de vencer em todas as vezes que disputei.

Não escondo de ninguém a melancolia que me move a escrever esse texto. Não quero parecer sentimental demais, mas são sete anos de Bandeirantes e cinco de basquete.

E, portanto por estar no terceiro colegial me vejo, agora, fechando esse ciclo.

Esse último Interband teve um gosto amarguinho. De despedida.

Foi especial. A final contra o colégio Rio Branco ganhou ares dramáticos ao adentrarmos o segundo quarto com uma perigosa vantagem de dois pontos.

Sabe, eu até que gostei disso. Vencer sem correr atrás não tem vigor. Não tem cara de realização. Não quero cair no lugar-comum, mas é inevitável: a despedida tinha que ser emocionante.

No jogo, me senti um mamute; o peso que me foi acrescentado devido à falta de exercícios físicos se juntou a um peso simbólico de querer poder correr, gritar, torcer e jogar pela última vez em um Interband.

O basquete me deu tantas coisas além de medalhas e dores que é difícil mensurar o quão triste é escrever sobre a “saideira”.

Aproveitem! Aproveitem vocês que estão no pré-mirim, no mirim e no infantil! Beijem todas as medalhas e se não ganharem; amarguem a derrota com gosto. Por que as emoções proporcionadas pelo esporte (as boas e as ruins) são únicas. E é por isso que aqui descrevi um pouco do que é ganhar um campeonato pela última vez. Pois eu não sei quando vou ganhar outro e sentir de novo o gelado da medalha no peito suado.

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