Periferias

Publicado em 23/03/13

Como tudo tem uma primeira vez, o “Histo é Blog” publica sua primeira poesia. É do Luca Bongiovanni, da 3H2. É sobre as coisas importantes que tornamos periféricas na vida da gente. Um aluno de humanas escrevendo poesia. Tudo parece estar no lugar certo. Espero que ele mande outras.

 

Periferias

Abro minha janela

e tenho minha visão periférica:

Seres entre dejetos, plantas entre prédios,

todos unidos por cabos de condução elétrica,

ou, todos separados na competitividade que os une.

É recomendável arriscar a vida, antes do emprego.

Emprego é vida e é morte. E tudo e nada.

Em todo, o emprego é vida,

é sobrevivência no capitalismo.

Não importa sua fé, sua visão ou seu organismo físico.

Há de se morrer todo dia, para se poder viver.

Há de se vender. Há de se lucrar, para outro lucrar mais.

 

Lucro é meu pai; competitividade, minha mãe;

Vestibular, meu…?

 

Não se pode saber abrir a janela (basta comprá-la quem o pode).

Não é permitida visão periférica,

há de se ser cego, mudo e surdo,

se esquecer da retórica

e se lembrar da história,

onde de tudo sabiam

e até hoje deixam de saber.

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